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02
Ago

História do Perfil Comportamental

Há referências históricas sobre a influência dos elementos naturais no comportamento humano. Empódocles, em 444 a.C. comentava que a água, o fogo, a terra e ar são responsáveis por tudo. São infinitas possibilidades de combinações entre estes elementos, assim como entre as quatro cores primárias: cyan (azul) magenta (vermelho), amarelo e o preto. Coincidência ou não, há sempre quatro elementos em tudo que influencia ou pode ter alguma relação com o comportamento das pessoas. São quatro os pontos cardeais, são quatro as estações do ano, as fases da lua, os estados da matéria (sólido, líquido, gasoso e plasmático). Alegoricamente, embora esférico, são quatro os cantos do mundo, como também são quatro os lados de um quadrado e as áreas do comportamento: dominância, extroversão, paciência e formalidade.

Hipócrates, o pai da medicina, em 400 a.C. dizia que o clima influencia o comportamento e a aparência das pessoas e determinou então quatro comportamentos: o sanguíneo, o colérico, o melancólico e o fleumático (apático). Galeno, 530 anos depois, em 130 d.C. apoderou-se da teoria de Hipócrates e intuiu que os fluidos do corpo interferem no comportamento. E citou quatro fluidos: o sangue, a bile amarela, a bile preta e o muco. E associou essa influência ao calor, ao frio, a secura e a unidade. Novamente, quatro elementos.

Jung em 1921 escreve o livro Psycological Types. Descreve que o comportamento humano é orientado por quatro tipos de funções psicológicas: o pensamento, o sentimento, a sensação e a intuição.

O psicólogo, escritor e inventor William Marston teve em algum momento contato com Jung. Assimilou os tipos psicológicos dele e em 1928 formulou e publicou o livro Emotions of Normal People. Hoje conhecemos sua publicação como Teoria DISC que trata dos quatro padrões do comportamento: dominante (D), influente (I), Estável (stability) (S) e conformista (C).

Muitos estudos surgiram a partir de então. L.L. Thurstone (The Vector os the Mind – 1934), R.B. Cattell (Trait Clusters for Describing Personality - 1943), J.P. and J.B. Guilford (Factor Analysis – 1934), D.W. Fiske (Personalality Ratings – 1949), culminando com o “Predictive Index” de Arnold S. Daniels em 1973.

Arnold Daniels foi um piloto americano que serviu na Real Força Britânica na II Guerra Mundial. Ele comandou um grupamento de pilotos. Em mais de 30 batalhas e incursões aéreas não perdeu um aviador sequer. Ao final da guerra perguntava-se sobre o porquê do sucesso. Sabia que não eram nem os melhores pilotos, tampouco os melhores atiradores. Levou o assunto a Real Força Britânica e convenceu seus colegas de aviação para fazerem o curso de psicologia no intuito de entenderem a razão do seu desempenho positivo. Não chegaram a nenhuma conclusão sobre isso e decidiram estudar o assunto. E ficaram juntos até 1973. Do final da guerra até o início dos anos 70, realizaram milhares de estudos e formaram juntos um banco de dados, aglutinando perfis e estabelecendo relações entre ele. Separaram-se depois de décadas de trabalho em conjunto, e cada um criou a partir de 1973 sua própria empresa. Hoje são 3 dúzias de empresas diferentes espalhadas pelo mundo fazendo perfil comportamental a partir da Teoria DISC. Todas ligeiramente diferentes no que se refere ao relatório e tipo de gráfico de perfil,  entretanto utilizando a mesma base de dados que foi desenvolvida de forma conjunta até a década de 70.

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